Agência Nacional das Águas autorizou a redução de 1.000 m³/s para 900 m³/s
Rio São FranciscoCrédito: Google.com.br
A Agência Nacional de Águas (ANA) autorizou a redução
da vazão do Rio São Francisco de 1.000 m³/s para 900 m³/s solicitada
pela Companhia Hidro Elétrica do São Francisco (Chesf) para manter o
volume de água nos reservatórios de Sobradinho e Xingó. A diminuição é
válida até o dia 31 de julho e o Comitê da Bacia Hidrográfica do São
Francisco afirma que a medida trará impactos ambientais ainda maiores.
O principal deles é a qualidade do abastecimento das cidades
alagoanas localizadas no baixo São Francisco. Segundo Anivaldo Miranda,
presidente do Comitê da Bacia Hidrográfica do São Francisco, essa
redução atende somente às necessidades do setor de produção de energia,
uma vez que essa redução é para manter o nível acessível de geração de
energia.
A primeira redução da vazão ocorreu de 1.300m³/s para 1.000m³/s no
início desse ano. Segundo Miranda, além do abastecimento, a pesca e
navegação também ficam comprometidas com a diminuição do volume.
Em alguns pontos do Rio, principal na localidade próxima da foz, não é
mais possível o acesso de barcos devido aos bancos de areia. “A
situação é dramática. É preciso que seja feito um monitoramento desses
impactos ambientais provocados com a vazão mínima”, colocou Miranda.
O presidente do Comitê defende que seja feito uma agenda paralela
para que possa ser discutido um novo modelo para geração de energia sem
que haja uma dependência grande da Bacia do São Francisco que sofre cada
vez mais com a essas reduções. Anivaldo Miranda teme que essa
diminuição se estenda até o mês de novembro, quando se inicia o período
úmido.
“Essa redução é válida até julho, mas será feito o monitoramento
durante esse tempo e isso pode se estender até novembro. Essa é a
intenção do setor”, afirmou ele.
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